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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Exposição de Joana Vasconcelos no Palácio Nacional da Ajuda em Lisboa

Termina esta semana, dia 25, a exposição de Joana Vasconcelos, no Palácio Nacional da Ajuda (clicar) em Lisboa. Fazia um bom tempo que desejava apreciar a exposição da renomada artista plástica. Foi caso para verificar a veracidade do ditado popular: “à terceira é de vez!” pois fui duas vezes até lá e em ambas não havia mais ingressos para o dia. Domingo foi o dia! Segue uma breve descrição da artista.
Joana Vasconcelos é portuguesa nascida em Paris em 1971, vive e trabalha em Lisboa e no circuito internacional de arte contemporânea. Seu trabalho interpreta a realidade através da análise das mentalidades e das iconografias da sociedade atual, como diz Miguel Amado, comissário da exposição no Palácio Nacional da Ajuda. Sua prática consiste na desconstrução dos valores, hábitos e costumes da civilização ocidental para questionar a identidade pessoal e coletiva. Adota imagens e objetos característicos de onde vive e trabalha (Lisboa), como matéria prima das suas obras.
Representou Portugal na Bienal de Veneza em 2013, depois do enorme sucesso da exposição quefez no Palácio de Versailles (clique no link e façam uma viagem especial pela exposição no mítico palácio frances... vale a pena!!) em 2012, onde foi a mais jovem artista contemporânea a expor sua obra e que teve o maior número de visitantes dos últimos 50 anos (mais de 1 milhão e 600 mil visitantes).

Como acho que o artista vale por sua obra e não pelas descrições biográficas que eu possa pesquisar e escolher, deixo-os com alguns exemplares de seu vasto trabalho. Espero que apreciem. 

Jardim do Éden (Maria Pia)  é uma instalação produzida com recurso a flores artificiais. As flores emergem de cilindros revestidos a Lycra negra. No interior dos cilindros, luzes, motores síncronos e discos transparentes policromados, em rotação, acionam, nas flores, um efeito de condução de luz semelhante ao produzido pela fibra ótica, gerando deslumbrantes variações cromáticas, ilusão de movimento e sons que associaríamos a insetos ou ao sopro leve do vento. Na sala totalmente escura, guiamo-nos pelo caminho iluminado das flores.




<========= Petit Gâteau apresenta-se como um enorme cupcake construído através da acumulação de diferentes camadas de formas de plástico usadas para brincar na praia. O gigantismo e o colorido da obra captam a imediata atenção do público não deixando, ainda assim, de fazer adivinhar o vazio consequente dos volumes.

Bragança faz parte das obras em cerâmica e croché, desenvolvidos a partir de um núcleo restrito de faianças desenhadas por Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905, está entre os mais destacados artistas portugueses do século XIX) ======>




Alorna
Amélia
Apolo e Milord

Todas estas obras estão inseridas no lote de Rafael Bordalo Pinheiro. São trabalhadas em vidrado cerâmico pintado e cobertas com renda em crochê dos Açores, Portugal. Fazem ainda parte destas obras Casanova, Eos e Aurora.


Formentera e Joaquina
Imarí e Esther (cobras)
Zeus e Júpiter
Quarto da rainha Maria Pia
Le Dauphin et la Dauphine


Le Dauphin et la Dauphine frente a frente duas enormes lagostas em cerâmica, engalanadas com sensuais rendas em croché, admiram-se como dois amantes à mesa ==========>


<====== Maria Pia é uma enorme vespa em cerâmica Bordalo Pinheiro, revestida em fino tecido de crochê dos Açores que ornamenta os aposentos da rainha de mesmo nome.








<== A Todo o Vapor fonte robotizada constituída por ferros a vapor. Interpretando pétalas de uma flor, os ferros abrem e fecham numa surpreendente e sincronizada coreografia de inspiração doméstica.

Tropicália  Um carrinho auxiliar de cabeleireira é tomado por um revestimento em croché em lã feito à mão, pontuado por adereços brilhantes e femininos. ===>


                                                    


War Games o interior e exterior servem para hospedar universos opostos. Um automóvel preto, modelo Morris Oxford da década de 60, recebe no exterior dezenas de armas de brinquedo apontadas para trás e linhas de LED vermelhos que acendem e apagam, simulando a velocidade, tal como os traços que representam movimento em um desenho animado. No interior agitam-se dezenas de bonecos coloridos numa clara alusão ao universo infantil. O exterior negro, bélico e negativo contrasta com o ambiente infantil, festivo e positivo do interior.


Carmen tem a forma de um lustre de silhuetas redondas, obra homônima da ópera de Bizet, constrói-se com fitas em veludo preto e simples brincos coloridos em plástico, combinando a erudição, a cerimonialidade trágica e a vulgaridade festiva. É acompanhada de música, a trilha sonora da ópera de Bizet. =================>

<==== Perruque é inspirada na exuberância dos penteados que outrora se exibiam em Versailles, com forma ovalada, em ébano e amaranto, combinada com a presença de cabelos artificiais. Estranho casulo, vagamente semelhante aos ovos Fabergé, decorado com finos embutidos e aplicações metálicas douradas, reminiscência dos mobiliários português e francês.

<== Brise é um sofá de rosas em plástico e tem até gotas de orvalho. O título renova o apelo ao olfato. Vemos e cheiramos.

Coração Independente apresenta-se sob a forma de um enorme coração de Viana, peça icônica da filigrana portuguesa, pacientemente preenchido com talheres de plástico vermelho (existe em preto e amarelado) ===>     

Lilicoptère é um helicóptero  Bell 47 revestido a folha de ouro e decorado com milhares de brilhantes Swarovski tem o exterior da cabine e as hélices decorados por uma extravagante cobertura de penas de avestruz em tons salmão, rosa e laranja. A abertura na frente da cabine, revela um interior suntuoso, de madeiras trabalhadas, dourados e tapetes bordados. ===================>

<=== A noiva é um imponente lustre, digno de pontuar o mais nobre dos salões europeus, exibe uma cândida cascata de pendentes brilhantes. Os milhares de pendentes, que julgávamos vidros ou cristais brilhantes, são afinal imaculados absorventes internos femininos.


Marilyn, é a peça mais procurada da exposição, incontornável, assume a forma de um elegante par de sandálias de salto alto, cuja escala ampliada resulta do uso de panelas e respetivas tampas. Remete a figura de Marilyn Monroe. A improvável associação de panelas e sandálias de salto alto, dois símbolos paradigmáticos dos domínios privado e público da mulher, propõe-nos a revisão do feminino à luz das práticas do mundo contemporâneo. O recurso a panelas, a que associaríamos a tradicional dimensão doméstica da mulher, para reproduzir uma enorme sandália de salto alto, símbolo da beleza e elegância exigidas no desempenho social, contradiz a impossibilidade da relação dicotômica do feminino nos planos doméstico e social.


Confesso que fiquei extremamente bem impressionado com a exposição. Valeu a pena as mais de duas horas na fila de espera para entrar (mesmo com ingresso comprado). Para quem ainda não viu e tem possibilidade para tal eu recomendo vivamente. Qualquer destas obras de arte fica muito mais linda se observada em todos os seus pormenores. Tentei através da fotos, quase todas minhas (exceto "Marilyn" pois a sala fica lotada) mostrar um pouco do que vi. Espero que tenham gostado. Este post em especial, devido às fotos, deu um trabalhão gigantesco para conseguir "formatar". É quase impossível conseguir deixá-lo 100% correto para todos os browsers. A execução foi feita no Chrome, com resolução mínima de 1600 x 1200 e aparece com todas as fotos e textos em seu devido lugar. Para outros browsers nem sempre foto e texto ficam perfeitos pelo que peço desculpas.  Abraço, Flávio A. Portalet Jr.

sábado, 10 de agosto de 2013

Nokia Lumia 1020: câmera de 41 megapíxeis de resolução, PureWiew ...

A Nokia lançou há alguns dias seu novo Smartphone, o Lumia 1020 (clicar) com um sensor de 41 Megapixéis (sim, quarenta e um!!) de nova geração. É um novo padrão para a indústria, que deixa muito para trás os melhores do mercado. Repleto de tecnologias até então nunca vistas. A Nokia utiliza o Windows Phone 8, concorrente dos sistemas Android e do IOS (Apple).

Ele “reinventa o zoom” permitindo que se descubra nas fotos, detalhes nunca antes revelados à vista desarmada. Integra a novíssima tecnologia PureWiew, inclui também estabilizador ótico de imagem que permite fotos tão nítidas quanto qualquer câmera digital. A Nokia investiu pesado e a aplicação Nokia Pro Camera facilitou tudo.

  

O telefone (sim, não esqueçamos, é um telefone… ops, um smartphone) recorre à funcionalidade chamada de ‘captação dupla’, tirando uma foto com 38 megapixéis, ideal para editar posteriormente e ao mesmo tempo grava uma segunda imagem, com 5 megapixéis mais fácil de partilhar nas redes sociais, sempre através do Windows Phone 8. Ele tem óticas da renomada Karl Zeiss com seis lentes reais e o estabilizador ótico que proporcionam excepcionais imagens mesmo com muito baixa luminosidade. Grava vídeos com som estéreo graças ao Nokia Rich Recording que aceita níveis sonoros seis vezes superior ao dos melhores smartphones existentes.                               
A Nokia vai mais além e à sua excelente câmera, ops, smartphone, anunciando o Camera Grip, um acessório que geralmente só se encontra em câmeras fotográficas dedicadas, acrescentando mais autonomia de bateria e características profissionais ao 1020. Ele vem com suporte para tripé e estará disponível por cerca de 78 dólares.
O aparelho está há alguns dias disponível mas apenas nos Estados Unidos e em exclusividade com a operadora AT&T, por uma valor de 299 dólares com dois anos de fidelização. O próximo país a receber a novidade será a China e no terceiro trimestre deste ano, a Europa.

Com 8206 x 4631 de resolução podemos ver a janela dos carros















Abraço e "boas fotos"! Flávio A. Portalet Jr.