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terça-feira, 7 de abril de 2015

Billie at 100 - A Century of Lady Day - Billie Holiday 100 anos


Billie Holiday (Filadélfia, 7 de Abril de 1915 — Nova Iorque, 17 de Julho de 1959), por vezes, mais conhecida como Lady Day, é por muitos considerada a maior de todas as cantoras do jazz, senão a maior cantora de todos os tempos.
Quando nasceu, seu pai, Clarence Holiday, tinha 15 anos de idade e sua mãe, Saddy Fagan, apenas 13 anos! Seu pai, guitarrista e banjoísta, abandonou a família quando Billie ainda era bebê, seguindo viagem com uma banda de jazz. Sua mãe frequentemente a deixava com familiares. Ela teve uma infância difícil.

Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos possíveis. Aos 10 anos foi violentada sexualmente por um vizinho e internada numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos 12, trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos 14 anos, morando com sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.


Sua vida como cantora começou em 1930. Estando mãe e filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento de sua moradia, Billie sai à rua em desespero, na busca de algum dinheiro. Entrando em um bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego fixo.
Billie nunca teve educação formal de música e seu aprendizado se deu ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou seu nome artístico.
Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong. Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, Sua dicção, seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe apelidou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia em sua voz. Pouco antes de sua morte por overdose de drogas, Billie Holiday publicou sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
Morreu aos 44 anos, dona da voz feminina mais famosa do jazz e talvez, de sempre.

Vejam ainda o site oficial: http://www.billieholiday.com/